Nada como 15 minutos de caminhada até o supermercado, perto da meia-noite, para que as idéias voltassem a servir para alguma coisa, além de esquentar a cabeça.
Preparo-me para as primeiras férias de longa duração após um bom tempo. Ano passado, em julho, optei por um período curto de descanso para ter um período longo de descanso entre dezembro de 2006 e janeiro de 2007, no qual somaria férias e recesso. Foi um erro. No recesso estive de plantão e trabalhei muito e não passei com a minha filha um tempo de qualidade, interrompido por chamadas repentinas e atendimentos a eles, os jornalistas...
Agora estou ansioso. Os amigos esperam e eu quero agradar à todos, principalmente minha filha. Ela merece. Este ano a vi somente duas vezes: na Semana Santa e na Páscoa. É chegada a nossa hora. Dos 20 dias, ficarei 13 com ela e ela poderá ver todos os avós e a tia.
Espero que os 20 dias de férias sejam tão bons quanto os quatro dias que passei no Rio no Corpus Christi. Tinha em mente ir ao Maracanã, assistir a uma apresentação de samba, pegar uma praia em Ipanema... Não fiz nada disso e não me arrependo. Das minhas auto-promessas, realizei apenas o sonho de ver o Rio a partir do Corcovado num dia de sol. Sonho realizado.
Não me arrependo porque curti meu tempo lá com dois dos melhores amigos que eu tenho nessa vida, o Bruno e a Gabi. Os dois são responsáveis por tudo o que eu conheço no Rio, onde me sinto cada vez mais em casa. Fora que os amigos aumentaram. Hoje minha “família” no Rio é maior, todos cariocas.
E os lugares que conheço e revisito só aumentam. Fui ao MAC e conheci Niterói, onde cheguei de barca, um passeio que me fez lembrar as travessias de Santos para o Guarujá na infância, multiplicadas por dez. Andei pela avenida beirando o mar e cheguei ao museu, uma obra futurista de Niemeyer quase dentro d´água com vista para o Pão de Açúcar e o Corcovado ao mesmo tempo. O dia terminou animado com um encontro com amigos em comum na Urca, que um dia já foi palco de confissões numa noite e beijos numa tarde. Depois, emendamos festa improvisada e muito animada na casa da Gabi, organizada pelo “trio ternura” em duas horas.
Aceitando o convite de um novo amigo, da festa emendei uma baladeenha forte na Casa da Matriz que foi fantástica. Já virei de freguês do pico que conheço de outros carnavais. O repertório de bocas e de músicas foi empolgante. O DJ estava animado e tocou uma seqüência cabulosa de sixties no fim da festa, espertamente intercalando Beatles, Stones, Who, Kinks e jovem guarda.
O autor fez sua já antológica performance de “Jumpin´ Jack Flash” e se surpreendeu com a sacada incrível do DJ, que tocou “Night Before”, do Help!. Nunca havia ouvido essa música numa pista antes (A moda de tocar Beatles na balada está pegando mesmo. No último sábado, aqui em Sampa, o DJ emendou uma seqüência grande na Funhouse).
No domingo, último dia, estávamos todos os três um lixo, por motivos diferentes. Levantamos e transformamos os restos da festa em café da manhã, sem vinho, nem cerveja, please... e fomos para a Lagoa queimar os pecados acumulados. Amém! Obrigado queridos amigos, vocês foram demais!!! Voltei zerado e com mais motivos para continuar amando o Rio. Pessoal de Brasília, me espere.
P.S.: Gabi, eu votei no Cristo, tá bom????
*Fotos de Bruno Cruz e MO
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