Wednesday, July 30, 2008

O campeonato ainda não acabou


Após 27 anos de devoção, finalmente cumpri a promessa feita aqui nesse blog (pelo menos acho que foi aqui) e pela primeira vez na vida fui ao estádio assistir um jogo do meu time, o Clube de Regatas Flamengo. Apesar da derrota de 1 x 0 para o Palmeiras, no Palestra Itália, um resultado normal em qualquer circunstância, o campeonato não acabou e vamos para cima Mengo!

Muito pelo contrário, pelo menos para mim, essa derrota foi uma vitória. Superei minha própria preguiça, o medo, o cansaço e fui, mesmo em território adversário (não consigo dizer inimigo, e até porque minha filha, do alto de seus sete anos se diz palmeirense e fã de Valdivia!!!). E outra, quem torce para um time glorioso como o Flamengo não precisa se incomodar com nenhum adversário.

Fiquei muito feliz em sentir-me integrante de uma verdadeira nação. Nossa pequena torcida, não mais que 10% do público, estava espremida num cantinho do excelente estádio do Palmeiras. Ouvi todos os sotaques possíveis e imagináveis. Havia cariocas nas fileiras bem atrás de mim, estava com um conterrâneo de Santos ao meu lado, a noiva dele e o pai dela, de Itajubá (MG). Um pouco mais para baixo estavam mais alguns cariocas e muitos, muitos nordestinos. Meu time é o Brasil e eu amo ser flamenguista por isso.

Tive a felicidade de ver meu time atacando no gol que estava bem na minha frente no primeiro tempo. Foi legal, apesar dos pesares. O time se ressente da falta de um meia-armador. No quadro atual do futebol brasileiro da primeira divisão não precisa ser um Zico. Um bom distribuidor de bola resolveria. Diego Tardelli é completamente medíocre e Obina, por mais esforçado, é jogador mesmo de segundo tempo e de Maracanã. Ele não cabe em gramados pequenos, como o do Palestra.

Se arrumar um meia em meio a esse entra e sai de meio de temporada (ficamos sujeitos a essa coisa horrenda de vender jogadores no meio do campeonato por não nos adaptarmos ao calendário europeu), o Flamengo estará com certeza, no mínimo, entre os cinco primeiros do campeonato. Mas, independentemente, do resultado, “uma vez Flamengo, Flamengo até morrer”.

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