Felicidade. Essa é a impressão que passa e a sensação que causa assistir a um show do Del Rey (união de integrantes do Mombojó com o vocalista China, do Sheik Tosado, bandas de diferentes gerações do rock brasiliano de Pernambuco, com o objetivo de tocar o repertório de Roberto Carlos).
China ou Flávio Augusto, como queiram, que fazia aniversário na última quarta-feira, dia do show, tocava com um sorriso no rosto o tempo todo, feliz, fazendo-me esquecer do DJ que tocava antes da apresentação da banda, que irritou a maior parte dos presentes tocando funks (apesar de clássicos) intermináveis, aquela coisa sem refrão ou só com refrão... (um parêntesis deve ser feito aqui, os DJs que tocam no Studio SP parecem ter esse triste costume de estragar o clima com um repertório extremamente pessoal e completamente nada a ver com o clima da noite).
O cantor é um performer nato, nasceu para o palco. Devia ser um daqueles garotos que nas festas de família fazia imitações, cantava as últimas do Balão Mágico ou imitava as caretas de Jerry Lewis. E ele parecia realmente à vontade, como se estivesse na sala de casa...
Ao repertório, nenhum retoque: uma cobertura extensa da fase ultra pop-rock-soul de RC (1966 até 1970), com esporádicas aparições, muito bem colocadas, de clássicos dos 70 como "Detalhes", "Além do Horizonte", "Ilegal, Imoral ou Engorda" até hoje no repertório do Rei. Apenas senti um pouco a falta de uma ou outra canção mais filosófica como A Janela, O Divã, Traumas. Mas como encaixá-las???
Roberto e Erasmo e até Ronnie Von merecem todo o culto que usufruem hoje e quando cultivados por caras espertos como os do Del Rey vale a pena. E, gente, o Brasil tem que conhecer o China.
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