Sunday, August 27, 2006

Carta para ela

Olha, “sem rótulos” (hehehehe)... Não importa o que vai dar no final, o que importa é que tenho que dizer que esses últimos nove dias que eu tive foram maravilhosos. E aconteça o que acontecer, seja daqui mais nove dias ou nove meses, tenho que dizer que tive uma semana e pouco daquelas que se têm poucas oportunidades para viver. Uma semana com sete dias inesquecíveis, daquelas que, acho, todo mundo gostaria que acontecesse mais vezes na vida.

Estar contigo é um constante desafio, um eterno conquistar. Suas “exigências” só aumentam a minha vontade de acertar, a vontade de querer que dê certo. É por isso que aceito seus movimentos, suas cartas... Ao fazer tuas vontades, alimento também os meus desejos. Não estou infeliz nem um pouco, não houve tempo para infelicidade ainda.

E é com esse frescor da novidade que eu posso dizer que não estou trabalhando com parâmetros anteriores. Para mim, tudo em você é novo ou ganhou um novo frescor: andar de moto, fazer mais exercícios, falar tudo, contar coisas que antes eu achava impensáveis. Com você, amor, eu quero fazer muitos planos, tornar a realidade fantástica e minhas fantasias em realidade, e “sem rótulos”.

E essa é a letra de Balada Pra João e Joana (Samuel Rosa e Chico Amaral), cujos versos eu acho que tem um pouco a ver com nossa trajetória até agora:

Então os dois se acharam na escuridão
Ela com os pes no chão e ele não
Seu destino cego a lhes conduzir
Sua sorte à solta a lhes indicar um caminho
E dançavam lá em meio a tanta gente
Se encontraram ali

Djô Djô, o mundo está tão mau lá fora
Djô Djô, onde irão vocês agora?

Então eles se deram na convicção
Feitos um pro outro, mas por exclusão
Seu destino cego a lhes conduzir
Sua sorte à solta a lhes indicar um caminho
E dançavam lá em meio a tanta gente
Se encontraram ali

Djô Djô, cai um temporal lá fora
Djô Djô, onde irão vocês agora?

Eram os dois avessos aos normais
Ela com os pés no chão, e o chão se abriu
Um abismo
E dançavam lá em meio a tanta gente
Se perderam ali

Djô Djô, nada pára, nada espera
Djô Djô, que o destino assim quisera

E tudo aconteceu
Quando as mãos se tocaram
Quando os olhos nem viram
Quando a noite chegou
E tudo estremeceu
As paredes do tempo
Os telhados do mundo
As cidades do céu


2 comments:

Anonymous said...

Talvez ontem não tenha ficado claro, mas adorei essa carta. Gostei do nosso papo por telefone, gosto de perceber que consigo enxergar através de vc (coisas de amigos fantasmas, né?), gosto de conhecer você. A velocidade das coisas (e pq não dizer até mesmo a incoerência delas) me espanta, você sabe minhas razões.
Adorei o desafio "vaca amarela". Me fez lembrar um trecho de Metal contra as Nuvens: "E até lá, vamos viver / Temos muito ainda por fazer / Não olhe para trás / Apenas começamos. "

Vivamos, então.

MO said...

É nóis...